Nossos avós já diziam, “diga-me com quem andas que te direi que és”. Nada mais apropriado no meu empresarial, pois é fundamental saber com quem fazemos negócios. Os nossos parceiros comerciais podem trazer riscos à operação da nossa empresa, riscos não somente de imagem e reputação, mas riscos legais importantes que também podem trazer perdas por indenizações e multas.
O que acontece se um fornecedor, principalmente de serviços, for acusado de trabalho análogo ao escravo? Provavelmente a nossa empresa será considerada corresponsável. Então além da preocupação com as cláusulas contratuais há algumas atividades que devem ser incluídas nos Programas de Integridade e Compliance com relação aos Parceiros de Negócio (fornecedores, intermediários, revendas, etc.) para resguardar a empresa:
- Início de relacionamento: deixar clara a posição da empresa com relação a ética e integridade na condução dos negócios. Solicitações onde se passa a mensagem “você tem que resolver este assunto de qualquer jeito” ou “se vira que eu quero o problema resolvido” vão deixar a impressão para Parceiros de Negócio que qualquer coisa é válida para se atender ao contrato.
- Análise de risco: fazer e documentar uma análise de risco de integridade para os parceiros de negócio. Mas se a empresa tem milhares de fornecedores, como fica? Começar com aqueles que representam o maior volume de compras (regra de Pareto) ou então começar com Parceiros de Negócio que tenham maior interação com agentes públicos (revendas que participem de licitações ou despachantes dos mais diversos tipos). Outra alternativa seria a utilização de uma plataforma de tecnologia que automatize este processo.
- Monitoramento: de acordo com o nível de risco de cada Parceiro de Negócio a análise de risco deve ser atualizada de tempos em tempos, maior risco terá revisão a intervalos menores e vice-versa.
O importante é começar este trabalho e entender melhor com quem a sua empresa está fazendo negócios.